20070704

Ausência iluminada


Queremos viver

na frescura da folhagem

iluminados

por uma arma de água viva.

E as palavras serão antigas

serão novas

como presenças redondas

na lucidez das horas

Que nas mais suaves sílabas

se possa diluir

toda a violência

e só os frutos reinem

e os rios acendam

os meandros

de uma terra lavrada

pela respiração

da ausência.

in A. Ramos Rosa, O Não e o Sim

8 comentários:

jorge esteves disse...

Uma bela dualidade esta, aqui!
Abraço.

Joaquim Moedas Duarte disse...

Tão bonito, Avelã!
E o roxo das flores...
Que a Luz permaneça, a iluminar a ausência.

avelaneiraflorida disse...

Tinta permanente,

obrigado pela visita!

avelaneiraflorida disse...

Méon...

A Luz...a cor...fazem parte da mãe Natureza.
A que nos acolhe sempre!

papagueno disse...

Hummm, deve ser um cheirinho a lavanda naquele lago!

avelaneiraflorida disse...

O cheiro a lavanda é doce!

Se pudesse tinha um campo de lavanda sempre ao meu redor!!!!

Inês disse...

as palavras do Ramos Rosa e aquela paisagem...*

avelaneiraflorida disse...

sim...o sonho estaria completo!