Mostrar mensagens com a etiqueta Jorge de Sena. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Jorge de Sena. Mostrar todas as mensagens

20070430

Nas vastas águas...

Nas vastas águas que as remadas medem.
tranquila a noite está adormecida.
Desliza o barco, sem que se conheça
que o espaço ou tempo existe noutra vida,
em que os barcos naufragam, e nas praias
há cascos arruinados que apodrecem,
a desfazer-se ao sol, ao vento, à chuva,
e cujos nome se não vêem já.
Ao que singrando vai, a noite esconde o nome.


in Jorge de Sena, Visão Perpétua

20070329

Há sempre um rio...


[...] O sol, muito alto ainda, iluminava de crepitações o vale que, selvático, se abria ante o seu olhar que pervagava abstracto, sem distinguir o mato que floria, as pedras que rebrilhavam pardas e cinzentas, os pequenos animais que esvoaçavam, corriam, rastejavam, ou se ficavam suspensos sem temor, fitando a mole imensa e caminhante de cavalo e cavaleiro. No fundo do vale, por entre os renques de choupos e salgueiros, entrecortados estava a chapa metálica e estreita de um rio[...]


in Jorge de Sena, O Físico Prodigioso

20060818

Apenas por 1.50 €....


Sim, é verdade!
Por esta ridícula quantia adquiri uma mão cheia de palavras e sentimentos enrodilhadas em emoções e imaginação.
Por este preço,
comprei Jorge de Sena
no seu melhor!!!!!!

Imagem (C) ROYO



Ao rio perguntei por meu amigo
aquele que há tanto é partido,
e por quem morro, ai!

in Jorge de Sena, O Físico Prodigioso