Mostrar mensagens com a etiqueta poesia Kahlil Gibran. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta poesia Kahlil Gibran. Mostrar todas as mensagens

20070429

Uma vez, enchi a minha mão de bruma

Uma vez, enchi a minha mão de bruma.
Quando a abri, a bruma era uma larva.
Voltei a fechar a mão, e então era um pássaro.
E fechei e abri novamente a mão,
e na sua palma encontrava-se um homem
de rosto triste, virado para o céu.
Mais uma vez fechei a mão,
e quando a abri já só havia bruma.
Mas escutei uma canção de doçura extrema.
Kahlil Gibran, Areia e Espuma