[...]
levava uma esteira para o meio do terreiro e deitava-se nela à espera que aparecessem as primeiras estrelas do firmamento. Nunca, por alguma vez, chegou a fazer uma contagem completa, ou porque entranto adormecia, ou porque aconteciam coisas estranhas. Foi avisado pelos mais velhos de que no dia em que completasse a contagem, morreria. Não consta que o próprio tivesse demorado a somar os pequenos pontos luminosos que enchiam o firmamento para prolongar o seu tempo de vida. [...]
Todas as noites apareciam novas estrelas, brilhantes, enquanto outras se apagavam. No universo ninguém escapa à roda giratória da sucessão. Mas o que dificultava a contagem eram as que nunca tinham pouso certo.[...]
Um autor timorense...a LER!
como Ruy Cinatti...ou Fernando Sylvan...
4 comentários:
Isto fazia eu exactamente quando andava pelo deserto do Sahara aí em Marrocos. Nunca tentei contar as estrelas, só olhar a sentirme muito, muito pequenina nessa imensidade. Pensava se havia outras vidas por aí longe; distâncias que nem podemos imaginar.
Sozinha com os meus pensamentes e longe do barulho do mundo.
Beijinhos
Gostaria muito de estar num deserto...acho que a VIDA faria aí todo o seu sentido!
Pode ser que um dia...
Bjks, amiga EMA!
Não conheço, obrigado pela sugestão.
Também estou a descobrir...
São as vantagens de partilhar com os AMIGOS que aqui me encontram!!!!!
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