20080211

Canção


Que saia a última estrela

da avareza da noite

e a esperança venha arder

venha arder em nosso peito


E saiam também os rios

da paciência da terra

É no mar que a aventura

tem as margens que merece


E saiam todos os sóis

que apodreceram no céu

dos que não quiseram ver

- mas que saiam de joelhos


E das mãos que saiam gestos

de pura transformação

Entre o real e o sonho

seremos nós a vertigem


Alexandre O 'Neill

Imagem(C) Vladimir Kush

6 comentários:

Outonodesconhecido disse...

Não conhecia este poema de Alexandre O 'Neill; foi uma agradável surpresa

Carminda Pinho disse...

Amiga,
sinto-te menos triste, que bom!
...que a esperança venha arder em nosso peito..." e, que se mantenha em nós.

Beijinhos

avelaneiraflorida disse...

Querida Outono,

O'Neill tem sempre algo de novo para nos dar!!!!!

Bjkas!!!

avelaneiraflorida disse...

Querida Carminda,

"Brigados"...temos de enfrentar a VIDA, não é????

Bjkas!!!

GS disse...

Lindíssimo o poema de O'Neill!

Poucos sabem como ele 'cantou' bem o sonho, o amor, a vida!

Bela postagem! Muitos parabéns!

Um beijo

avelaneiraflorida disse...

Fragmentos,

Agradeço a generosidade das palavras!!!!

Mas 0'Neill é um mundo omde apetece ficar preso por vontade!!!!

Bjkas!!!