se regressar, será aos teus olhos que regresso.
os acasos ardem nos lábios dos amieiros que na margem do rio
aguardam que regresse. a isso regresso, buscando
coincidências e nomes, razões. afasto-me
provavelmente de ti, embora secretamente.
é por isso estranha a forma como os acasos ardem
para sempre. a outro rio e sob outras sombras
regresso, devagar para não ferir o que antes amei
e por quem morri muitas vezes. agora de novo morro
e por outro rio regresso até ao lugar onde elas, as aves,
nascem para não desaparecerem. e isso é como permanecer.
5 comentários:
Tão estranho! Porque é que este poema me comoveu tão profundamente?
Tal como a mensagem que me saíu ao caminho e me acompanhou o resto da viagem, logo pela manhã...
Tão estranho! Tão intensamente estranho!...
De modo nenhum quero ser impertinente...
Aceito um puxão de orelhas...e peço desculpa!
Pedir desculpa? Nunca a "culpa" foi tão inexistente!
Limitei-me a verificar um facto.
E limito-me a viver o momento que passa, agradecendo aos deuses por o fazerem passar.
Que lindo este regresso do Francisco José Viegas. confesso que o conhecia dos programas de televisão mas nunca tinha lido nada dele. Uma falha a reparar.
Jinhos.
As falhas têm sempre remédio...
Boas leituras!!!!!
Bjks
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