20071116

MEMENTO


Quem apanhará do chão

A rosa desfolhada

Que foi botão,

Tão viva no olor,

Tão viva na cor,

Talvez no amor

Como um coração?


Olor,

Cor,

Amor:

Um chão de dor.


Afonso Duarte,

in Ossadas

14 comentários:

Joaquim Moedas Duarte disse...

Afonso Duarte: um grande poeta que não anda pelos corredores da fama mas foi reconhecido como tal pelos seus pares.
Trouxeste-o aqui com toda a sua expressividade. Das palavras comuns ele fazia poemas de VIDA, com sangue, alegria, dor...
Obrigado por este momento.
Que o teu coração viva longe do chão!
Dia BOM!

Ad astra disse...

É... quem apanhará?
Alguém apanhará~
...só talvez o carinho, a amizade,o tempo...

Muito bonito.
Beijinho para ti Avelãzita

avelaneiraflorida disse...

Méon, Meu Amigo,

Sim,um poeta muito especial!
Mas não são só os poetas que fazem milagres...

Quando menos se espera...
Bj.

avelaneiraflorida disse...

Querida Ad Astra,

Olha que por vezes o imprevisto...pode tornar-se uma linda realidade!!!!

BJKS

papagueno disse...

Eu apanho!
Não conhecia o Afonso Duarte.
Beijos

avelaneiraflorida disse...

Papagueno, Amigo

"Brigados",
por isso os AMIGOS nos são tão queridos!!!!!
BJKS

Carminda Pinho disse...

Bonito poema.
Beijinhos e bom fim de semana.

avelaneiraflorida disse...

Querida Carminda,

UM EXCELENTE FIM DE SEMANA, PARA TI!!!!!

Bjks

Fátima disse...

Amiga avelaneiraflorida,

Quem apanha a rosa desfolhada... é seguramente quem tem muito amor no coração.
Bonito poema!

:-) Beijinhos

avelaneiraflorida disse...

Querida Fátima,

E as pétalas que se não percam, NUNCA!!!

BJKS!!!1

Jasmim disse...

Como sempre: Belo!!!
Até breve
um bj
O Inútil Luar

É noite. A Lua, ardente e terna,
Verte na solidão sombria
A sua imensa, a sua eterna
Melancolia . . .
Dormem as sombras na alameda
Ao longo do ermo Piabanha.
E dele um ruído vem de seda
Que se amarfanha . . .

No largo, sob os jambolanos,
Procuro a sombra embalsamada.
(Noite, consolo dos humanos!
Sombra sagrada!)

Um velho senta-se ao meu lado.
Medita. Há no seu rosto uma ânsia . . .
Talvez se lembre aqui, coitado!
De sua infância.

Ei-lo que saca de um papel . . .
Dobra-o direito, ajusta as pontas,
E pensativo, a olhar o anel,
Faz umas contas . . .

Com outro moço que se cala,
Fala um de compleição raquítica.
Presto atenção ao que ele fala:
— É de política.

Adiante uma senhora magra,
Em ampla charpa que a modela,
Lembra uma estátua de Tanagra.
E, junto dela,

Outra a entretém, a conversar:
— "Mamãe não avisou se vinha.
Se ela vier, mando matar
Uma galinha."

E embalde a Lua, ardente e terna,
Verte na solidão sombria
A sua imensa, a sua eterna
Melancolia . . .

avelaneiraflorida disse...

Querida Jasmim,

QUE BELISSIMO POEMA!!!!!
QUE MOMENTO LINDO ACABASTE DE PARTILHAR AQUI NO MEU CANTINHO!

"BRIGADOS", MESMO!!!!!!!

BJKS!!!!!!!!!!!

Outonodesconhecido disse...

Pois é, quem apanhará?
um bj

avelaneiraflorida disse...

Outono desconhecido

Bem vinda a esta MESA de AMIGOS!!!!
Prometo que a visitarei!!!!

Volte sempre!!!!