Quando a abri, a bruma era uma larva.
Voltei a fechar a mão, e então era um pássaro.
E fechei e abri novamente a mão,
e na sua palma encontrava-se um homem
de rosto triste, virado para o céu.
Mais uma vez fechei a mão,
e quando a abri já só havia bruma.
Mas escutei uma canção de doçura extrema.
Kahlil Gibran, Areia e Espuma
4 comentários:
Kahlil Gibran: de vez em quando volto a "O Profeta". Não conhecia este...
Há uma ressonância sábia entre poesia e sabedoria. É isso que me agrada nele.
Este poema é muito bonito!
O mundo da sabedoria é tão extenso...
mas é tão gratificante escolher algo que possamos partilhar!!!
Canções doces e uma mão cheia de bruma, uma mão cheia de sonhos. Uma boa semana para ti.
Se os sonhos se tornarem na nossa luz a caminhada é menos penosa!!!
E a semana...torna-se apenas algumas horas...
bjks
Enviar um comentário