Nas vastas águas que as remadas medem.
tranquila a noite está adormecida.
Desliza o barco, sem que se conheça
que o espaço ou tempo existe noutra vida,
em que os barcos naufragam, e nas praias
há cascos arruinados que apodrecem,
a desfazer-se ao sol, ao vento, à chuva,
e cujos nome se não vêem já.
Ao que singrando vai, a noite esconde o nome.
in Jorge de Sena, Visão Perpétua
20070430
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2 comentários:
Tenho os meus dias de Jorge de Sena. Os seus poemas são muito "cerebrais" - passe o conceito pouco rigoroso... - mas isso não é defeito. Há vezes em que apetece mais emoção, nessa altura fecho o Jorge.
Os poetas estão sempre à nossa espera.
Obrigado.
Cerebrais???
Depende...talvez de uma lucidez que nos inspira reflexão!!!!
Mas...eu sou formiguita ao pé de Sena! Meu Deus!!!! apenas gosto de o ter ao pé de mim, quando preciso!!!!
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