Depois, desconfiado, provou o caldo, que era de galinha e rescendia. Provou - e levantou para mim, seu camarada de misérias, uns olhos que brilharam surpreendidos.Tornou a sorver uma colherada mais cheia, mais considerada. E sorriu, com espanto : - Está bom!
Estava precioso: tinha fígado e tinha moela: o seu perfume enternecia: três vezes, fervorosamente, ataquei aquele caldo.
- Também lá volto! - exclamava Jacinto com uma convicção imensa. - É que estou com uma fome...Santo Deus! Há anos que não sinto esta fome.
Foi ele que rapou avaramente a sopeira [...]
Estava precioso: tinha fígado e tinha moela: o seu perfume enternecia: três vezes, fervorosamente, ataquei aquele caldo.
- Também lá volto! - exclamava Jacinto com uma convicção imensa. - É que estou com uma fome...Santo Deus! Há anos que não sinto esta fome.
Foi ele que rapou avaramente a sopeira [...]
Só podia ser... Eça, pois claro!!!!
in A cidade e as serras
4 comentários:
O que eu gostei daquele caldo! Foi o primeiro livro "a sério" que li, tinha 14 anos. E gostei tanto que alonguei o mais que pude a sua leitura, a saborear, a saborear...
Obrigado, Avelã, pela visita às serras, a Tormes, ao "acorda, animal! Estamos em Portugal!"
Eça é sempre Eça!!!!
Eu bem tento dizê-lo, e demonstrá-lo...às minhas "criaturas holográficas"
E quando "dramatizam" os Maias, que é " muiiito grande"...eu sugiro-lhes que, ao menos, leiam a Cidade e as Serras!!
aikterrina
nabo grosso, nabiças ramalhudas e feijão, manteiga no caldo
da sopeira. De pernas, as asas.
ahahahah, parvos!
Amiga Cândida,
As sopas "verdadeiras" que se faziam no fogão de lenha e com os produtos frescos sem passar por cadeias de frio...
DE COMER E CHORAR POR MAIS!
Bjks
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