Tu és a terra em que pouso:
Macia, suave, tenra, e dura o quanto baste
a que teus braços como tuas pernas
tenham de amor a força que me abraça.
És também pedra qual a terra às vezes
contra que nas arestas me lacero e firo,
mas de musgo coberta refrescando
as próprias chagas de existir contigo.
E sombra de árvores, e flores e frutos,
rendidos a meu gosto e meu sabor.
E que uma água cristalina e murmurante
que me segreda só de amor no mundo.
És a terra em que pouso. Não paisagem,
não Madre.Terra nem raptada ninfa
de bosques e montanhas.Terra humana
em que me pouso inteiro e para sempre.
Jorge de Sena
in Conheço o Sal...
Imagem © Noel Myles
10 comentários:
Terra, mãe, germinação, fermentação, regeneração, palavras-chave na nossa vida.
Bjs. Boa semana.
Lindo, Avelaneira...
Obrigada por esta magnífica partilha.
Beijo
Querida Veritas,
e a terra é o nosso renascer!
Boa semana, também!!!
bjkas!
Querida Maria,
Jorge de Sena ...é um prodígio de palavras!!!!
que seja uma Boa semana, também!!!
Bjkas!!
Que grande escolha!
Jorge de Sena, foi para longe... ninguém mais quis saber...
Abreijo
Sim, J de S é um prodígio de palavras... que nos deixa sem palavras!
Tão intenso, este poema que nos trouxeste...
Jorge de Sena é um mundo. Na prosa e na poesia. Excelente escolha!
Mil beijinhos
Desculpa a ausência.
Amigo Samuel,
mas deixou-nos tantas palavras e sentires que são inmcrivelmente sentidos!!!!
Que o recordemos...
Breijkas!
Méon,
o Sentir é uma forma de viver as palavras...
Querida SOPHIAMAR,
Brigados pela presença!!!!
Que seja um dia cheio de luz!!!!
Gosto muito de te ver nesta Mesa de Amigos!!!!
Volta sempre!!!!
bjkas!!!
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