Na minha juventude antes de ter saído
da casa de meus pais disposto a viajar
eu conhecia já o rebentar do mar
das páginas dos livros que já tinha lido
Chegava o mês de maio era tudo florido
o rolo das manhãs punha-se a circular
e era só ouvir o sonhador falar
da vida como se ela houvesse acontecido
E tudo se passava numa outra vida
e havia para as coisas sempre uma saída
Quando foi isso? Eu próprio não o sei dizer
Só sei que tinha o poder duma criança
entre as coisas e mim havia vizinhança
e tudo era possível era só querer.
Ruy Belo
in Homem de Palavra(s)
Imagem (C) E. Munch
4 comentários:
Sim, tudo era possível...
Só há uma solução: nunca esquecer a criança que fomos!
Dia feliz, Avelã!
Olá querida amiga,
Gostei imenso desta poesia. É verdade que, pelo menos eu, quando recordo a minha infância, parece que foi noutra vida. Os lugares mudam, as pessoas passam pelas nossas vidas e desaparecem. E nós dentro de uma roda que um dia se vai parar para sempre...
Beijinhos
Méon,
e essa criança consegue reaparecer ...se o quisermos muito!!
Resto de Dia BOM!!!!
Querida Ema,
Que bom voltar a ter a tua presença!!!!
Que tudo esteja a correr bem contigo!!!!!
Que sejam maravilhosos todos os dias!!!!
Bjkas!!
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