CANTARES DE AMIGO: MEMENTO

20071116

MEMENTO

Quem apanhará do chão

A rosa desfolhada

Que foi botão,

Tão viva no olor,

Tão viva na cor,

Talvez no amor

Como um coração?

Olor,

Cor,

Amor:

Um chão de dor.

Afonso Duarte,

in Ossadas

14 comentários:

Joaquim Moedas Duarte disse...: Afonso Duarte: um grande poeta que não anda pelos corredores da fama mas foi reconhecido como tal pelos seus pares.
Trouxeste-o aqui com toda a sua expressividade. Das palavras comuns ele fazia poemas de VIDA, com sangue, alegria, dor...
Obrigado por este momento.
Que o teu coração viva longe do chão!
Dia BOM!; 9:20 da manhã
Ad astra disse...: É... quem apanhará?
Alguém apanhará~
...só talvez o carinho, a amizade,o tempo...

Muito bonito.
Beijinho para ti Avelãzita; 2:50 da tarde
avelaneiraflorida disse...: Méon, Meu Amigo,

Sim,um poeta muito especial!
Mas não são só os poetas que fazem milagres...

Quando menos se espera...
Bj.; 3:36 da tarde
avelaneiraflorida disse...: Querida Ad Astra,

Olha que por vezes o imprevisto...pode tornar-se uma linda realidade!!!!

BJKS; 3:37 da tarde
papagueno disse...: Eu apanho!
Não conhecia o Afonso Duarte.
Beijos; 4:12 da tarde
avelaneiraflorida disse...: Papagueno, Amigo

"Brigados",
por isso os AMIGOS nos são tão queridos!!!!!
BJKS; 4:23 da tarde
Carminda Pinho disse...: Bonito poema.
Beijinhos e bom fim de semana.; 12:50 da manhã
avelaneiraflorida disse...: Querida Carminda,

UM EXCELENTE FIM DE SEMANA, PARA TI!!!!!

Bjks; 4:10 da tarde
Fátima disse...: Amiga avelaneiraflorida,

Quem apanha a rosa desfolhada... é seguramente quem tem muito amor no coração.
Bonito poema!

:-) Beijinhos; 5:06 da tarde
avelaneiraflorida disse...: Querida Fátima,

E as pétalas que se não percam, NUNCA!!!

BJKS!!!1; 5:13 da tarde
Jasmim disse...: Como sempre: Belo!!!
Até breve
um bj
O Inútil Luar

É noite. A Lua, ardente e terna,
Verte na solidão sombria
A sua imensa, a sua eterna
Melancolia . . .
Dormem as sombras na alameda
Ao longo do ermo Piabanha.
E dele um ruído vem de seda
Que se amarfanha . . .

No largo, sob os jambolanos,
Procuro a sombra embalsamada.
(Noite, consolo dos humanos!
Sombra sagrada!)

Um velho senta-se ao meu lado.
Medita. Há no seu rosto uma ânsia . . .
Talvez se lembre aqui, coitado!
De sua infância.

Ei-lo que saca de um papel . . .
Dobra-o direito, ajusta as pontas,
E pensativo, a olhar o anel,
Faz umas contas . . .

Com outro moço que se cala,
Fala um de compleição raquítica.
Presto atenção ao que ele fala:
— É de política.

Adiante uma senhora magra,
Em ampla charpa que a modela,
Lembra uma estátua de Tanagra.
E, junto dela,

Outra a entretém, a conversar:
— "Mamãe não avisou se vinha.
Se ela vier, mando matar
Uma galinha."

E embalde a Lua, ardente e terna,
Verte na solidão sombria
A sua imensa, a sua eterna
Melancolia . . .; 8:40 da tarde
avelaneiraflorida disse...: Querida Jasmim,

QUE BELISSIMO POEMA!!!!!
QUE MOMENTO LINDO ACABASTE DE PARTILHAR AQUI NO MEU CANTINHO!

"BRIGADOS", MESMO!!!!!!!

BJKS!!!!!!!!!!!; 8:55 da tarde
Outonodesconhecido disse...: Pois é, quem apanhará?
um bj; 6:00 da tarde
avelaneiraflorida disse...: Outono desconhecido

Bem vinda a esta MESA de AMIGOS!!!!
Prometo que a visitarei!!!!

Volte sempre!!!!; 9:41 da tarde

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