Quem apanhará do chão
A rosa desfolhada
Que foi botão,
Tão viva no olor,
Tão viva na cor,
Talvez no amor
Como um coração?
Olor,
Cor,
Amor:
Um chão de dor.
Afonso Duarte,
in Ossadas
O MEU ESPAÇO DE REFLEXÃO E PARTILHA. PARA MIM, PARA TODOS QUANTOS NELE SE QUISEREM ENCONTRAR...
14 comentários:
Afonso Duarte: um grande poeta que não anda pelos corredores da fama mas foi reconhecido como tal pelos seus pares.
Trouxeste-o aqui com toda a sua expressividade. Das palavras comuns ele fazia poemas de VIDA, com sangue, alegria, dor...
Obrigado por este momento.
Que o teu coração viva longe do chão!
Dia BOM!
É... quem apanhará?
Alguém apanhará~
...só talvez o carinho, a amizade,o tempo...
Muito bonito.
Beijinho para ti Avelãzita
Méon, Meu Amigo,
Sim,um poeta muito especial!
Mas não são só os poetas que fazem milagres...
Quando menos se espera...
Bj.
Querida Ad Astra,
Olha que por vezes o imprevisto...pode tornar-se uma linda realidade!!!!
BJKS
Eu apanho!
Não conhecia o Afonso Duarte.
Beijos
Papagueno, Amigo
"Brigados",
por isso os AMIGOS nos são tão queridos!!!!!
BJKS
Bonito poema.
Beijinhos e bom fim de semana.
Querida Carminda,
UM EXCELENTE FIM DE SEMANA, PARA TI!!!!!
Bjks
Amiga avelaneiraflorida,
Quem apanha a rosa desfolhada... é seguramente quem tem muito amor no coração.
Bonito poema!
:-) Beijinhos
Querida Fátima,
E as pétalas que se não percam, NUNCA!!!
BJKS!!!1
Como sempre: Belo!!!
Até breve
um bj
O Inútil Luar
É noite. A Lua, ardente e terna,
Verte na solidão sombria
A sua imensa, a sua eterna
Melancolia . . .
Dormem as sombras na alameda
Ao longo do ermo Piabanha.
E dele um ruído vem de seda
Que se amarfanha . . .
No largo, sob os jambolanos,
Procuro a sombra embalsamada.
(Noite, consolo dos humanos!
Sombra sagrada!)
Um velho senta-se ao meu lado.
Medita. Há no seu rosto uma ânsia . . .
Talvez se lembre aqui, coitado!
De sua infância.
Ei-lo que saca de um papel . . .
Dobra-o direito, ajusta as pontas,
E pensativo, a olhar o anel,
Faz umas contas . . .
Com outro moço que se cala,
Fala um de compleição raquítica.
Presto atenção ao que ele fala:
— É de política.
Adiante uma senhora magra,
Em ampla charpa que a modela,
Lembra uma estátua de Tanagra.
E, junto dela,
Outra a entretém, a conversar:
— "Mamãe não avisou se vinha.
Se ela vier, mando matar
Uma galinha."
E embalde a Lua, ardente e terna,
Verte na solidão sombria
A sua imensa, a sua eterna
Melancolia . . .
Querida Jasmim,
QUE BELISSIMO POEMA!!!!!
QUE MOMENTO LINDO ACABASTE DE PARTILHAR AQUI NO MEU CANTINHO!
"BRIGADOS", MESMO!!!!!!!
BJKS!!!!!!!!!!!
Pois é, quem apanhará?
um bj
Outono desconhecido
Bem vinda a esta MESA de AMIGOS!!!!
Prometo que a visitarei!!!!
Volte sempre!!!!
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