Diz-me do teu rosto empedernido
Conta-me, devagar
De que matéria é a poeira que agora ainda
Assenta nos teus olhos?
O que é que está do avesso?
Escondido, cravado na sombra da memória?
Quantas vezes o rio galgou as margens?
Quantas vezes depois da raiva
Fechaste a porta e tudo desabou?
Ainda lembras? E ao lembrar?
Dói? Abriu-se alguma luz que te cegou?
ou não
[...] Álvaro Domingues, in Publico,12/Out/2005
Reabra-se o jornal e reencontre-se o Adormecimento de Maria Augusta...A redescoberta de um interessante Espaço Público, no meio dos afazeres stressantes, do quotidiano sem tempo, da preguiça modorrenta dos dias!
Imagem (C ) Vania Toledo
20051017
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