Amaste o voo, o infinito, a chave
Invisivel da voz. E foste a própria ave,
Abrindo a cifra, a fronde dos seus medos.
Abrindo a cifra das acesas fráguas.
Lendo a secura triste dos penedos
Completaste o secreto eco das águas.
Seguiste o tocador de instrumentos
Cinzentos, sedentos. Movimentos
De aparições, tremendo ao sol dos ventos,
Contradições de cor e de agonia.
E foste o tocador dos instrumentos
No alvo espaço em cruz dos seus momentos
Teu alvo tempo e alar sabedoria.
Natércia Freire
in Poesia Completa
Imagem (C) Françoise Deberdt
2 comentários:
No voo do poema, toda a leveza das palavras que segredam ventos...
Momentos únicos!
Bj
Méon,
E como Natércia Freire nos faz (re)descobrir todos os segredos!!!!!
Beijinho.
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