Senti-me uma menina muito importante e nem estranhei o sorriso da vendedora quando mas estendeu...
Simples, cheirosas, com aquele perfume onde passava o ar, o cheiro, o gosto de Lisboa. Envoltas no delicado papel quase pouco maiores eram do que as minhas mãos!
Deste-me a mão e continuámos a passear... como sempre fazíamos na nossa cidade.
Nunca esqueci aquele raminho de violetas!!!
Já era quase crescida.
Já não eram só os gatinhos de chocolate e as sombrinhas coloridas que me "deixavas roubar" do bolso do teu casaco quando chegavas a casa...
Aquele foi o teu presente a sério para mim!!!!
Até hoje nunca mais ninguém me deu violetas.
Soube mais tarde, que viras aquele filme que estava na boca de toda a gente; que também tinhas ficado encantado com a Sarita Montiel e até assobiavas baixinho " cómpreme usted este ramito/ cómpreme usted este ramito/ pa' lucirlo en el ostal"...
Contaste-me a história da VIOLETERA, como contaste todas as outras, que ouvi embalada pela tua voz, aninhada no teu colo, e com elas me fizeste partilhar dos teus sonhos...
As violetas continuam a ser, para mim, as flores mais lindas do mundo!
2 comentários:
Fui eu que fiquei sem palavras!!!!
Muito obrigado.
A vida é feita de nadas
de grandes serras paradas
à espera de movimento...
(M. Torga)
Violetas: flores tão intensamente humildes... num pequenino vaso, serão tua companhia enquanto quiseres.
Enviar um comentário